Imagem do Zona da Curva |
A declaração feita há alguns dias por uma profissional de que se sentia "mal" na hora de entrevistar religiosos que não sejam os de sua denominação, sugere uma dessas dúvidas que ainda cercam alguns indivíduos do setor, esquecidos de que rádio, tv e jornal são veículos que, segundo as regras da empresa, não têm preferências em termos de times de futebol, religião ou qualquer instituição político-partidária. É aí que está o X da questão: como devem se comportar os que neles atuam?
Alguns pensadores consideram que não há 100% de isenção nesse setor. E até questionam: será que "ainda é possível acreditar na isenção do Jornalismo", indaga Carlos Castilho, em artigo publicado no site Zona Curva. Ele próprio responde:
"O jornalismo nunca foi e nem pode ser 100% isento ao produzir uma notícia. A afirmação pode chocar muita gente, inclusive profissionais do jornalismo, mas ela espelha uma realidade que raramente é levada em conta no julgamento de uma informação. Isto porque o uso de processos digitais no jornalismo relativizou o conceito de isenção permitindo uma maior diversificação nas notícias, o que ampliou muito o universo informativo das pessoas".
Já em 2006, o jornalista Luis Egypto, citava no Observatório da Imprensa, que a atividade jornalística nunca mais foi a mesma depois do surgimento da Internet. "A plataforma digital proporcionou uma inédita agilidade nos processos de produção e distribuição das informações, e isso pode ser usado para o bem e para o mal", escreveu ele.
Eugênio Bucci, por sua vezrecomendaria alguns cuidados, mas, não gosta da palavra isenção. "Prefiro objetividade, porque ela designa um atributo do relato, não do sujeito. De todo modo, vamos aos cuidados que eu indicaria. São cuidados velhos, bastante conhecidos, mas que se tornaram dramaticamente urgentes".
E você, o que pensa?
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