quarta-feira, 8 de setembro de 2021

LEITURAS. A Internet será livre como as praças são do povo

Os tempos mudaram. E com eles, a comunicação. Uma das mentes pensantes de maior equilibrio na atualidade, o ex-reitor Paulo Elpídio de Menezes, escreveu hoje um texto de excelemte conteúdo sobre a mídia em tempos de internet. 
Resolvi compilá-lo aqui para os nossos internautas. 

 

A MÍDIA NÃO SERÁ A MESMA: A INTERNET
SERÁ LIVRE COMO AS PRAÇAS SÃO DO POVO
Nunca, a credibilidade da mídia foi posta à prova com tantas e tão numerosas evidências quanto na “fake war” que se desenrola aos nossos olhos.
A comunicação coletiva não será a mesma, depois dessa pandemídia desmoralizante das melhores fontes e das matrizes de formação de opinião.
Os que se batem pela destruição das redes sociais e dos links livres se defrontarão com um cenário novo e inesperado, até há pouco tempo imprevisível e considerado improvável.
Claro, regras de convivência e o respeito pela verdade, pela opinião e pelos fatos serão impositivos como comportamento ético em uma sociedade justa e tolerante. As redes sociais deixarão de ser terreno baldio de dejetos retóricos e de manipulações da realidade.
Esses parâmetros não indicam, entretanto, que os canais da nova mídia fiquem sujeitos ao controle de empresas multinacionais, com íntimas e dissimuladas relações entre os poderes do Estado e os interesses de grupos privados.
Os jornais começaram a fechar as suas portas, não custará as empresas de mídia se constituirão em organizações de modelo do estilo de cooperativas, com capital aberto. A tevê não estará imune a esse cerco social incontrolável. Afinal, o direito à informação honesta é uma conquista social da qual os cidadãos não estarão dispostos a abrir mão.
Não cabe à mídia comandar e impor regras e injunções às mudanças sociais e políticas. As novas gerações já não falam o dialeto ultrapassado de formadores dos opinião, aparentemente progressistas, financiados por grupos empresariais de índole marcadamente capitalista.
Não foi o COVID que mudou o mundo. Foram as suas vítimas e os proxenetas das misérias humanas enriquecidos pela esperteza nas beiradas dos bens e recursos do Estado.
Neste (bravo) mundo novo, novas, diferenciadas serão as conexões com a realidade e com os fatos, mercê da democratização da informação e da limpeza dos canais de emissão e recepção da opinião.
Até, pelo menos, que esses mecanismos entrem em colapso, ao peso das novas manipulações políticas, econômicas e ideológicas que delas vivem homens postos a viver, civilizadamente, em sociedade…

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