No site Vi O Mundo, Marcelo Zero disserta sobre o que ele chama de "colombinização" das forças militares brasileiras, a partir de movimentos como o do Estado do Ceará. E lá para tantas, em seu artigo "Brasil caminha para ser uma grande Colômbia e Forças Armadas parecem não perceber o perigo que correm", ele recorda a maneira como Hitler cooptou as instituições - inclusive as policiais - para o exercício da repressão.
Essa cooptação das instituições, inclusive das instituições policiais, para o exercício da repressão política havia se dado com notável rapidez na Alemanha nazista.Quando Hitler chegou ao poder, havia certa desconfiança das polícias alemãs com o nazismo, dado o caráter destrutivo do movimento nos anos 20.Contudo, os nazistas rapidamente cooptaram as polícias.Como?Em primeiro lugar, reaparelhando as polícias e dando-lhes aumentos salariais.Mas isso não foi o mais importante.O mais importante foi o “empoderamento” das polícias.Com o nazismo, as polícias receberam carta branca para reprimir.Elas foram encorajadas a realizar “atividades preventivas”, frequentemente à margem de quaisquer controles judiciais.Em pouco tempo, as polícias alemãs se converteram no principal aparelho repressor contra judeus, comunistas e outros indesejáveis do regime.Realizavam o grosso do trabalho sujo, sob a direção da Gestapo e das SS.Como na Colômbia, as polícias se converteram em polícia política.
No Brasil, essa “colombianização” das polícias e das forças armadas e a “fascistização” dos órgãos do aparelho repressor acontece a olhos vistos com Bolsonaro.
[...] Até hoje, a Colômbia luta para sair da guerra e da armadilha política e estratégica em que se meteu.
Ou o Brasil reage com escavadeiras democraticamente organizadas, ou só nos restará cantar uma cumbia triste.
Ou assobiar a Cavalgada das Valquírias.
O neologismo usado foi colombianização referindo-se a Colômbia, não foi colombinização de colombina.
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