Hoje, quando o Planalto censura a imprensa - Folha de SP, por conta de reportagem sobre primeira dama - é bom lembrar que essa velha senhora, já teve dias terríveis no passado. Hoje, basta dizer, é impossível acreditar. Mas em tempos de golpes, ela mostra sua força.
Exemplo de outros tempos que a gente pensava fossem do passado:
A capa da revista censurada por causa da estátua nua
Um dos casos incríveis de censura narrados pela autora do livro 'Veja sob censura' é o da capa da edição nº 222, de 7/12/1972. Com o título "Em Nome da Lei", a revista trazia foto do presidente do STF, Aliomar Baleeiro, na praça dos Três Poderes. Ao tomar conhecimento, os censores amaeaçavam de recolher caso a revista publicasse.
"Segundo os agentes da PF, a informação que tinha recebido era a de que a capa estava provocando a Justiça, devido a foto de Baleeiro com uma tal mulher nua. Logo, a editora concluiu que havia algum informante da própria Polícia Federal na gráfica [...] que tinha visto a cópia da capa: a tal mulher nua nada mais era do que a própria estátua da Justiça".
RÁDIO. O abuso que a ditadura impôs
Alguém saberia dizer o que vem a ser essa foto da capa do disco 'Todos os olhos', do baiano Tom Zé? Pelo que sugere o título, poder-se-ia dizer que seria um olho, mas não é. Uma boca segurando uma bola de gude. Também não.
Na verdade, trata-se da fotografia do ânus de uma prostituta contratada pelo autor de 'São Paulo, mon amour' e fotografado por um amigo. A capa era para fazer frente ao rigor da censura. E, acreditem, passou.
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