Deu no Omelete: "É bom que Jackie Chan se cuide, pois, dos confins do Ceará, um novo (e inusitado) ás das artes marciais está chegando para desafiar a hegemonia do chinês nas comédias de luta: o cantor cearense Falcão, destaque do elenco de O Shaolin do Sertão. Filme brasileiro mais esperado do momento, lançado apenas em sua terra natal (o circuito cearense) no fim de semana, e agendado para expandir seu lançamento para 149 salas espalhadas pelo território nacional nesta quinta, o novo longa-metragem de Halder Gomes, diretor responsável pelo fenômeno Cine Holliídy (2013), traz o intérprete de versos como “I’m not dog no” ou “Homem é homem/ Menino é menino/ Macaco é macaco/ E viado é viado” como um sábio especializado em formar lutadores: Mestre Wilson. Caberá a ele transformar Aluízio Li (Edmilson Filho), um cinéfilo metido a Bruce Lee, em herói.
“Não podia nem desconfiar de que, um dia, eu faria cinema, mas até que eu dou pro gasto, pois enfrentei o bicho direitinho. Já tinha feito um ceguinho antes, com o Halder, no Cine Holliúdy, mas ali era só o caso de falar besteira e ser eu mesmo. Aqui, não. Tive que atuar mesmo”, diz Falcão, hoje envolvido na produção de um novo CD de canções inéditas, entre elas uma chamada Você Está Certo, Quem Está Errado É o Papa. “Eu vi um monte de filme de Jackie Chan e do Bruce Lee, além de uns filmes B chineses lá de Hong Kong, para construir a figura do Mestre Wilson. Afinal de contas, eu não entendo p... nenhuma de luta. Atuar começou para mim como se fosse uma brincadeira de colegial, mas, agora, quero estudar a sério”.
Com humoristas como Marcos Veras e Dedé Santana em seu elenco, O Shaolin do Sertão acompanha a preparação de Aluízio Li para encarar valentões que infestam o Nordeste e conquistar de vez o coração de sua amada (Bruna Hamu). Para isso, os ensinamentos de Wilson serão fundamentais.
“Tem gente que diz que eu sou um cara brega, mas eu não me vejo como um brega clássico: o que eu faço é uma caricatura desse gênero, mas com respeito aos grandes cantores de quem sou fã desde menino, como Odair José ou Waldick Soriano”, diz o cantor, hoje com 59 anos. “Essa coisa de atuar acabou dando uma esquentada na minha carreira. Eu volto aos sets em janeiro, para filmar Cine Holliúdy 2. Mas não vou deixar a música de lado: vou preparar um disco de músicas de carnaval”.
Para aproveitar o potencial de público do feriado do Dia das Crianças, nas salas de exibição do Ceará, O Shaolin do Sertão entrou em cartaz lá no dia 12 e, em cerca de seis dias em circuito, contabilizou 53 mil ingressos vendidos. Só de quinta a domingo, ele foi prestigiado por 33,6 mil pagantes.
“Pela abertura que fez no Ceará, tudo indica que, no mínimo, O Shaolin... vai atrair meio milhão de pagantes”, estima Paulo Sérgio Almeida, do site Filme B, que avalia a saúde financeira do cinema brasileiro em cartaz. “Mas pelo trailer fantástico que tem, e pela força de sua comunicação visual, ele tem potencial para chegar a mais”.
Esse eu quero assistir, adoro o Falcão mesmo em entrevistas, em tudo, pois agrada no sotaque e nas coisas que fala, às vezes sem pensar.
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