A canção "Hymne à l'amour", da francesa Marguerite Monnot, ganhou o mundo na voz de Édith Piaf, além de versões em outras línguas. Em português, a adaptação cantada por Wilma Bentivegna fez sucesso no Brasil, sendo interpretada também pela cantora Maysa (1936-1977).
Wilma teve uma juventude simples no Sumaré, zona oeste de São Paulo, cidade em que nasceu. Filha única, foi criada pelo pai, Salvador, que sempre a incentivou a ser cantora, e pela mãe, Anna.
Desde a infância, era muito amiga de Hebe Camargo, Lolita Rodrigues e Laura Cardoso, que também iriam entrar para o universo dos artistas de TV com Wilma.
Começou a carreira no rádio, despontando no "Clube do Papai Noel", programa da rádio Difusora que foi ao ar até o final da década de 1940.
Foi uma das cantoras a aparecer na inauguração da extinta TV Tupi, a primeira do Brasil, em 1950, quando sua amiga Lolita entoou o "Hino da TV Brasileira".
Na emissora, atuou em novelas com Walter Foster e Vida Alves, que protagonizaram o primeiro beijo da televisão no país, em 1951, e com Lima Duarte, de quem era amigo.
Em 1960, um ano depois de ganhar o Brasil com "Hino ao Amor", recebeu o Roquette Pinto, considerado o Oscar da TV brasileira à época.
Em Suzano (SP), onde morava há 37 anos, dava aulas de tapeçaria, cuja técnica herdara da mãe, costureira.
Há três anos, foi diagnosticada com Alzheimer, que a vinha debilitando. Morreu no dia 2, aos 86 anos, por insuficiência respiratória causada por uma broncopneumonia. Deixa uma tia e três primas.
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