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O sucesso da entrevista com a professora Andréa Saraiva, autora do 'Orélio Cearense', hoje em nosso programa da Tribuna Band News, permite que eu alerte aos empresários de comunicação, como eles estão perdendo um filão fantástico ligado à cultura da nossa gente.
Numa linguagem marcada pela cearensidade, Andréa mobilizou muitos ouvintes a interagirem conosco, a partir de uma linguagem coloquial, conteudistica, cheia de pormenores da sua obra e da maneira como usa o nosso palavreado. Fez tanto sucesso quanto a irreverência do 'Cine Hulliúdy'.
A partir daí fiquei a imaginar, como não se busca fazer uso desse potencial que o mercado dispõe. As pistas estão aí: o humor cearense é produto que atrai público, a ponto do filme do Halder Gomes virar referência nacional. O teatro do Carri Costa é outro exemplo. Mas o que se ouve no rádio, foge a essa realidade.
As emissoras perdem um tempo danado reproduzindo futricas de astros da tv, com seus locutores não percebendo que fazem merchãs gratúitos das emissoras e sem deixar nada de proveitoso para o ouvinte.
A esse tipo de coisa, eu classifico como medíocre. Mediocridade. A explicação única: a maioria de quem produz rádio no Ceará, simplesmente, não tem noção nenhuma do que significa cultura. Tampouco, essa gente se apercebe que está aparvalhoando o ouvinte que tem. Com isso, o rádio vai ficando cada vez com menor credibilidade.
Concordo em gênero número e grau com o que você diz Nonato, no entanto, não adianta muito pois sabemos que o que interessa aos produtores e donos das rádios ( sim donos) é dinheiro. Rádios de Fortaleza não tem equipe de produção e nos programas arrendados se faz o quer inclusiva agora a grande moda é fazer programa de casa via telefone. Há pessoas no rádio que chegam a dizer literalmente que se deveria jogar uma banda de tijolo na cara de uma bandeirinha só por que ela prejudicou o time. Por outro lado tem alguns radialistas que dizem que a Polícia deveria meter o pau nos manifestantes do Cocó só para fazer média com o poder, outro fala de sua vida pessoal e ainda tem que faça horóscopo pelo rádio. O problema é que o rádio está ultrapassado não pela idade de seus locutores , mas pelo conservadorismo da mídia e pela pouco cultura dos ouvintes que adoram a baixaria , gostam de ouvir palavrões e fofoquinhas de televisão que não levam a nada. O que fazer? Educar o ouvinte...Mas educação só funciona quando a pessoa quer ser educada e parece que muitos não tem muito interesse em mudar seu comportamento...A interação no rádio está cada vez mais se esvaindo em função de uma tal modernidade e celeridade, prefiro meio hora de boa conversa que a simples leitura de textos jornalístico que é uma praxe dos programas de rádio hoje. Triste a situação, mas ninguém faz nada por comodismo ou por não querer comprar briga...omissão ou covardia??Estou cansado de querer um rádio melhor , pois é pura perda de tempo , pois nem espaço tenho para dizer isso no próprio rádio...
ResponderExcluirPROFDJACYR