domingo, 21 de julho de 2013

ARTIGO. A dispersão do ouvinte de rádio

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O rádio da fala e da música em Fortaleza está em sobressalto. Os números da audiência mostram tendência gradativa de queda. Tanto o AM quanto o FM. 

Uma avaliação das últimas pesquisas do IBOPE, realizadas ao longo de seis meses e divulgadas em seu site, mostra que isso vem se aprofundando mais ainda..

No trimestre de novembro de 2012 a janeiro de 2013, o IBOPE registrava que as emissoras de rádio AM de Fortaleza tinham um total de 20,67% de ouvintes. Esse número cairia para 20,53% em fevereiro e 20,26% em março. Em abril, nova queda; agora para 20,26. Em maio reduziu-se para 19,98%.

A mesma situação incômoda diz respeito, também, em relação às emissoras FM. No período de dezembro do ano passado a abril deste ano, a audiência das FMs da capital cearense decresceu de 18,17 (em dezembro) para 17,66 na tabela trimestral de fevereiro a abril..

Essa perda de ouvintes não deve ser explicada apenas pela dispersão de público para os novos meios eletrônicos - como as redes sociais, MP3, etc -, mas, principalmente, pela pouca criatividade que se dá ao veículo rádio. 

A maioria das emissoras, tanto AM e FM, permanece distante da realidade desses tempos. Alguns modelos de programação estagnaram; parecem destinados a público de 30 ou 40 anos atrás. Não mudou. Há casos de emissoras que venderam sua grade para religiões, durante 24 horas. Outras alugaram horários a desinformados.

Na verdade, o grosso das emissoras se satisfaz em cumprir horário, á que se interessam somente em fazer o trivial "arroz com feijão". 

Esses números deviam servir de alerta aos dirigentes, já que os profissionais que estão na titularidade, nem sempre somos chamados a interferir na grade programacional.

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