terça-feira, 25 de junho de 2013

IMPRENSA. Prostituição à beira do Castelão

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Uma das chagas da capital cearense, a prostituição infanto-juvenil, está exposta hoje para todo o País através de reportagem da Universo Online. O repórter Rodrigo Bertolotto descreve que a "Prostituição sub-17 ronda estádio da Copa das Confederações".



As campanhas oficiais contra a prostituição infantil têm dois rivais fortes em Fortaleza (Ceará) durante a Copa das Confederações. No entorno do estádio Castelão, é a clientela brasileira que assedia adolescentes na vizinha avenida Juscelino Kubitschek. Na orla da cidade, é o lugar onde o adversário são os italianos, principais consumidores desse lado perverso do turismo no Brasil.
Os altos investimentos no estádio contrastam com os poucos recursos que o conselho tutelar local conta para combater a exploração de menores. O governo federal enviou um carro, cinco computadores e uma impressora neste ano para melhorar o funcionamento, afinal, os funcionários não tinham nem papel na repartição e eram obrigados a usar veículos particulares em diligências.
"Proibido de menor", avisava uma frase escrita a giz na parede de entrada do boteco Recanto Bar, na avenida Perimetral. Dentro, duas adolescentes dançavam funk em cima da mesa de bilhar para os potenciais fregueses.
Em uma parada de ônibus a 100 metros do Castelão, uma adolescente fazia ponto durante a tarde. "Meus pais não sabem disso. Tenho que voltar cedo para casa para não desconfiarem de mim", relata a garota sobre a atividade vespertina dela e de dezenas outras dentro da chamada "área Fifa", o raio de dois quilômetros ao redor do estádio que a entidade máxima do futebol mundial estabelece em dia de jogos.
A situação fica mais dramática para essas meninas quando a prostituição se junta à droga e à gravidez. Muitas vendem o corpo para comprar crack ou cocaína. Outras fazem do comércio pequeno dos narcóticos um adicional em seu trabalho. Há casos de crianças de 12 anos que se prostituem por R$ 5 o programa, o que é o mesmo preço da pedra de crack.
"Nós vamos receber a Copa, e é fundamental uma blitz educativa, unindo forças, desde o Ministério Público até a Prefeitura", afirma a ex-vereadora Eliana Gomes (PC do B), que participou de CPI municipal sobre o assunto e ainda esteve diante da comissão de direitos humanos da Câmara.
O conselho tutelar local faz mais de 1.500 atendimentos por ano, tentando resgatar meninas e meninos da prostituição. Uma boa parte, sem ajuda da família e órgãos públicos, acaba voltando às ruas. Várias campanhas tentam incentivar denúncias, incluindo até um aplicativo de celular que ajuda a localizar os pontos de exploração infantil.
As campanhas oficiais contra a prostituição infantil têm dois rivais fortes em Fortaleza (Ceará) durante a Copa das Confederações. No entorno do estádio Castelão, é a clientela brasileira que assedia adolescentes na vizinha avenida Juscelino Kubitschek. Na orla da cidade, é o lugar onde o adversário são os italianos, principais consumidores desse lado perverso do turismo no Brasil.
Os altos investimentos no estádio contrastam com os poucos recursos que o conselho tutelar local conta para combater a exploração de menores. O governo federal enviou um carro, cinco computadores e uma impressora neste ano para melhorar o funcionamento, afinal, os funcionários não tinham nem papel na repartição e eram obrigados a usar veículos particulares em diligências.
"Proibido de menor", avisava uma frase escrita a giz na parede de entrada do boteco Recanto Bar, na avenida Perimetral. Dentro, duas adolescentes dançavam funk em cima da mesa de bilhar para os potenciais fregueses.
Em uma parada de ônibus a 100 metros do Castelão, uma adolescente fazia ponto durante a tarde. "Meus pais não sabem disso. Tenho que voltar cedo para casa para não desconfiarem de mim", relata a garota sobre a atividade vespertina dela e de dezenas outras dentro da chamada "área Fifa", o raio de dois quilômetros ao redor do estádio que a entidade máxima do futebol mundial estabelece em dia de jogos.
A situação fica mais dramática para essas meninas quando a prostituição se junta à droga e à gravidez. Muitas vendem o corpo para comprar crack ou cocaína. Outras fazem do comércio pequeno dos narcóticos um adicional em seu trabalho. Há casos de crianças de 12 anos que se prostituem por R$ 5 o programa, o que é o mesmo preço da pedra de crack.
"Nós vamos receber a Copa, e é fundamental uma blitz educativa, unindo forças, desde o Ministério Público até a Prefeitura", afirma a ex-vereadora Eliana Gomes (PC do B), que participou de CPI municipal sobre o assunto e ainda esteve diante da comissão de direitos humanos da Câmara.
O conselho tutelar local faz mais de 1.500 atendimentos por ano, tentando resgatar meninas e meninos da prostituição. Uma boa parte, sem ajuda da família e órgãos públicos, acaba voltando às ruas. Várias campanhas tentam incentivar denúncias, incluindo até um aplicativo de celular que ajuda a localizar os pontos de exploração infantil.

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