segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

HUMOR. Um gênero em crise na tv brasileira

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O que está havendo com o humor brasileiro? Sob a ótica televisiva, não se pode negar: há crise. Não de humoristas, cujo número é expressivo; mas as piadas - em sua maioria - parecem velhas, requentadas e sem graça. 

Quem se der ao trabalho de verificar nos diferentes canais, descobrirá que os textos de humor da tevê estão sem criatividade. Tanto que a saturação de 'Zorra Total', as desgastadas 'Aventuras do Didi' e retumbante fracasso do 'Casseta & Planeta', levaram a maior rede de TV brasileira a repensar o ano-humorístico e já descartou os dois últimos da temporada 2013. 

Até mesmo os velhos modelos como de 'A Praça É Nossa', estabelecida há mais de 50 anos pela família Nóbrega, perderam interesse e público e, por conta disso, estão sempre mudando de horário na grade do SBT por não surtir os efeitos desejáveis de audiência. 

É bom que se diga que os grandes nomes do humor brasileiro ou esticaram as canelas ou se debandaram para outras iniciativas - Chico Anysio, Brandão Filho, Ronald Golias, Dercy Gonçalves, Wálter D´Avila, entre os desencarnados e Jô Soares, Regina Casé, que largaram o setor -, talvez explique esse desaquecimento do riso na tv brasileira e a tal da renovação não se processou nos mesmos níveis. 

A confundir ainda mais a situação, emissoras inventaram 'enes' festivais de piadas que acabaram por saturar o público, mais por conta de gente interessada em se dar bem em seus 15 minutos de fama do que em contribuir para evitar a crise. 

Na tentativa de dinamizar o núcleo humorístico, hoje dependente de 'Os Caras de Pau' e do 'Zorra', a Globo está indo buscar Marcelo Adnet, da MTV, de quem espera seja a tábua de salvação de um gênero que, em outros tempos, foi responsável por sucessos como 'TV Pirata', 'Viva o Gordo', além dos títulos do genial e inesquecível Chico Anysio.

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