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Quem assiste 'Avenida Brasil' lembra do gancho de sábado. Carminha (Adriana Esteves), de dentro do carro descobre Nina conversando com Tânia (a falsa Rita). Mas não será nesta 2ª que a megera descobre a verdadeira identidade de sua empregada. Só na quinta. Ficou para o capítulo de número 100 , a reviravolta na história.
O autor João Emanuel Carneiro já havia garantido que sustentaria até o centésimo capítulo o caso no qual Carminha descobre que Nina é a verdadeira Rita, a sua enteada que ela abandonara no lixão quando era criança.
Esta é, provavelmente, a novela que mais ganchos emocionantes tem carreado. Aliás, a Globo acertou ao colocar João no horário nobre. Ele tem fôlego para carregar histórias com conteúdo e fugindo daquele lugar comum do "quem matou quem" que só é revelado no último capítulo.
Na boa, Nonato, elogiar um autor medíocre como o João Emanuel? Ele simplesmente está repetindo A Favorita e a Carminha é a versão da Flora, o Max do Dodi, etc. Aliás, a novela é um xarope: praticamente os mesmos autores - até o canastrão Cauã Raymond interpretando, novamente, um filho adotivo problemático. Sem falar na maria chuteira, a "mocinha" que busca vinganç passando por cima de tudo e todos, enfim, uma lástima. Mas fazer o quê, em busca de quantidade a Globo resolveu chutar de vez para o alto a qualidade. Pensar que a emissora já apresentou verdadeiras obras primas no horário de novelas e hoje ver Carminha, Nina, Tufão, Empreguetes, Chayene, é dose para ninguém aguentar. Até a "Gabriolho", o Walcir Carrasco conseguiu destruir uma obra-prima de Jorge Amado. Foi-se o tempo em que as novelas eram instrumentos de debate de temas sociais, como eutanásia (Gigantes), homossexualismo (Rebu), espiritismo (A viagem), orfandade e adoção (Água Viva), deficiência física (Sol de Verão), isso sem falar nas excelentes adaptações de clássicos da literatura - Escrava Isaura, A moreninha, Olhai os líros do campo, etc. - e na pergunta que parou o Brasil: "quem matou Salomão Ayala" (O Astro). Avenida Brasil, Empreguetes cheias de charme? Ora, fala sério!!!
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