CINE. O 'Q' faltava na área do nosso cinema

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Nonato,  Eliomar, Socorro França e Luiz Eduardo Girão em noite de pré-estreia 

Volto da pré-estreia do 'Area Q', surpreendido. O filme é BOM. Maduro. Construído sob um roteiro instigante e criativo. O melhor que eu já vi em termos de ficção  científica do Cinema Brasileiro. Era o filme que faltava nessa área e que o diretor Gerson Sanginitto soube costurar de forma impressionante a ponto de se dizer que, em nenhum segundo, o espectador tira a atenção da tela. E uma produção bem feita. 

Ao reunir ingredientes temáticos tão díspares,  como discos-voadores, abduções, pedofilia, milagres, curas, fé e humanismo, Sanginitto não perde o ponto dessa mistura. E o resultado é um prato fascinante envolvendo o ceticismo científico e a crendice popular vivida na prática diante de temas como aborto, fenômenos de crianças índigo, avistamentos de OVNIs, transição planetária e reencarnação.

E o autor faz tudo sem o pieguismo doutrinário e com a firmeza de quem sustenta uma verdade. E que preciosa verdade. A Estação da Luz, assim, atrai para sua coleção de títulos espiritualistas, um filme sincero, com efeitos especiais que não envergonham e uma mensagem que não soa piegas. Para todas as culturas religiosas e científicas.

Bati palmas no fim-do-filme, atitude rara para quem exige da arte do Cinema, a tradução do pensar em função de muitos e não apenas uma obra autoral  para deleite de quem a produz. 

'Area Q" é o filme.

FALANDO NISSO