sexta-feira, 2 de março de 2012

JORNAIS. O copo transbordante da violência

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Há muito já era hora de apertar o cinto. De soltar o grito preso na garganta. De pedir socorro. Ninguém suporta mais a violência. E o jornal O Povo de hoje faz essa conveniente leitura ao refletir com essa capa, a gota dágua. 

O registro da morte do engenheiro Kélbson Diógenes, vítima de uma saidinha bancária, ganhou do jornal um desenho diferente na primeira página. Como a resumir a soma de todas as outras vítimas e vozes que se angustiam com esse drama.

A violência é problema que, como todos sabemos, não compete tão somente à Polícia resolver. Mas até chegar a ela, falharam freios importantes como família, escola, religião e o olhar crítico de todos nós se volta quase sempre para os responsáveis pela segurança. Na verdade, é um problema político, cuja solução vem sendo retardada pela falta de empenho na aplicação de políticas de inclusão social.

Parabéns à equipe de O Povo por traduzir num simples 'design', o grito de socorro da sociedade.


2 comentários:

  1. Enquanto se gasta MILHÕES em uma Copa do Mundo e Olimpíadas só para encher o bolso desses hipócritas de mais dinheiro, a população fica a merce de marginais, triste o caso desse rapaz...quero agora que me mostre alguma pessoa dos direitos humanos para confortar essa família desse rapaz...se fosse um vagabundo marginal, já estariam em todos os programas de tv e rádio intercedendo a favor dos marginais. como se dizia por um coronel ali..."BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO" nada da sociedade sustentar esses marginais na cadeia...pena de morte para esse tipo de caso...

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  2. Este mesmo grito,Nonato, ecoa em todo o Ceará.O maravilhoso interior do Estado,mesmo com as agruras da seca e as dificuldades inerentes,perdeu todo o charme de se dizer que ali se mora por ser mais tranquilo,longe da violência da cidade grande. Cidade grande que,a todo o momento,registra atos de violência terríveis.Não se tem mais tranquilidade de se embarcar em um ônibus,passear nas praças,hoje,totalmente destruídas,invadidas por bandidos e viciados em drogas,não se pode ir a um restaurante sem que fique preocupado com um possível assalto ou arrastão,muitos menos a um shopping,quando somos abordados no estacionamento.Enfim,é cruel viver-se,digamos,com o "coração na boca".Saidinha bancária é um crime perverso,geralmente praticado por bandidos em conluio com alguém de dentro das próprias empresas onde a vítima atuava.Vamos a pergunta:como é que esses bandidos ficam sabendo que alguém vai a um banco para efetuar um saque de grande valor.Confesso que ao ir ao banco sacar o dinheiro da minha aposentadoria,o faço de maneira tensa,angustiosa,mesmo sendo uma quantia pequena e,sempre acompanhado,nunca vou só.Não aguento mais as explicações que não explicam,praticadas pelas autoridades da segurança pública.Se houvesse uma ação mais forte,concreta,do policiamento,certamente,esses marginais acuariam,temerosos,enquanto engendram novas práticas malignas.

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