quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
RÁDIO. Do rádio-radiola ao iPhone
Desde que eu me entendo por gente, ouço rádio. Pequeno, muito pequeno, arrastava-me pelo chão e ouvia minha mãe dizer pra não chegar perto do 'tunga', o estabilizador do rádio à bateria onde meu pai ouvia os jogos da Copa de 1958.
Mais crescido, ouvia 'Trabuco' na Bandeirante. 'Movietone Kirsch' na Nacional de Brasília, de onde ganhei um livro sobre Cinema Novo de Gláuber Rocha. O "Matutino Pre-9' com Aderson Brás e Tom Barros e o 'Grande Jornal Iracema' com Alan Neto.
Vindo à Fortaleza, meu primeiro som de rádio foi a Uirapuru: Antenas e Rotativas, com Cid Carvalho. Depois 'Vesperal do Chacrinha' na Iracema, com Irapuan Lima. E tinha a crônica 'Pimentinha de Cheiro' na Ceará Rádio Clube com o Wilson Machado, que tinha um programa com título plagiado de filme de Hitckcock: "Disque M para a Música". (Como é que se discava M numa época que o telefone ainda tinha giro?)
Foi por aí que, um dia, me levaram para o auditório da Rádio Iracema, no Edifício Guarany e assisti "Fim de Semana na Taba", onde José Lisboa apresentava os ídolos da época. Naquele tempo, ele já apresentava travestis dublando música estrangeira: 'Brenda Azul', que eu viria encontrar depois para uma reportagem do 'Vida&Arte' no O Povo - e, até pouco tempo, trabalhava como figurinista das Lojas Otoch.
Na Verdes Mares, tinha o 'Repórter Alfa', com uma das vozes mais bonitas que eu já ouvi e cujo nome não me lembro. Depois, soube que ele teria praticado o suicídio. (CONTINUA)
Ei Nonato,
ResponderExcluirVocê lembrando de como começou seu amor pelo rádio e as passagens do mesmo em sua vida.
Lembro das radionovelas que escutava de manhã no rádio do vizinho. Barbalha viria logo depois ter a rádio Salamanca que tocava Beatles, MPB a música clássica logo após o jornal do meio dia. E em Juazeiro e Crato brilhavam Antônio Vicelmo, Geraldo Alves, Foguinho, Wilton Bezerra e outros grandes do rádio da hoje Região Metropolitana do Cariri.
Belas lembranças!