quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Tropa de Elite 2. Nunca a ficção foi tão real
Assisti 'Tropa de Elite 2'. De cara, vou logo dizendo: o filme não é bom. É ótimo, apesar da excessiva violência que surge nos primeiros 12 minutos. Conseguiu-se um tento: uma sequência superar a primeira. Principalmente, pela performance dos atores [ nesse caso, louve-se a direção de José Padilha ]. Construiu-se uma história impressionante, verosímil e que, na maior parte das vezes, confunde-se com a realidade.
Na história de Padilha, a maioria da Polícia e dos Políticos é colocada num mesmo saco de gatos (ou ratos, no caso). O inquietante perfil de uma geração de homens entregues à ambição de poder, referencia a que fiquemos preocupados com o que o País assiste.
Há quem censure por ser o filme muito violento. Concordo. Mas, pela primeira vez, um filme de ação alimenta-se de uma história cuja estrutura é bastante consistente e de onde são filtradas denúncias incríveis sobre o comportamento de quem diz combater o crime e é mais criminosa do que o próprio 'sistema'.
Elogios (e muitos) a esse fantástico Wagner Moura, edificando um tenente-coronel Nascimento que em nada fica a dever a atuações do porte marlonbrandianas. Aliás, todo o elenco está perfeito. Produção esmerada, o filme chega ao final com um sobrevôo sobre a esplanada de Brasília, deixando em nós a sensação de que os bandidos do filme podem muito bem estar protagonizando papéis na vida real.
Nenhum comentário:
Postar um comentário