terça-feira, 29 de junho de 2010
Rádio. O objeto identificado de todo brasileiro
Tenho dado umas paradinhas para ouvir rádio. No notebook, no iPhone, no carro quando circulo aqui por SP e nos lugares por onde ouço som e descubro ser desse objeto maravilhoso identificado por todo bom brasileiro.
A maioria das emissoras AMs paulistanas ainda aparenta estar lá pelos anos 80. Ou mais que isso. Programas com certa dose de pieguismo, de leitura de cartas de amor; músicas sem muita expressividade.
Quando informa são notícias ligadas a fofoquinhas de artistas globais ou a vida particular de famosos. Gente, ainda tem rádio fazendo horóscopo por aqui, quando se sabe que a fatia desse público hoje transferiu-se de malas e 'headfones' para as emissoras FMs de programação mais descartável.
Ouvi vozes melosas dando receitas de bolos (que a gente sabe que nenhuma dona de casa, de manhã, pára o que estar fazendo para anotá-las), e até ouvi uma rádio adiantando resumo dos capítulos de novelas - coisa que a gente fezia nos primeiros meses de inauguração da AM DO POVO, quando a novela das 8 tinha ressonãncia de público e marcava presença. Algumas vezes que saí de táxi, ouvi a CBN no rádio do carro.
As FMs me agradaram. Tanto as que têm emissões nacionais como Cidade, Transamérica, Mix, Capital - mas, pelo que pude ouvir em locais públicos, há uma penetração boa da FM da USP, com uma programação conceitual. .
Ouvindo colegas por aqui, renovei a crença de que o rádio precisa urgentemente lincar o objeto mais importante de consumo do ouvinte em qualquer lugar do mundo: a informação.Mas a informação de credibilidade, de serviço. A que atrai a atenção do público, bem mais amadurecido do que nos tempos em que se fazia rádio e insistia em dar 'bom dia, dona Maria', 'alô dona Raimunda, como vai...'. Vai mal, rádio assim. E é preciso crescer junto com ele. Afinal, os tempos são outros.
O mercantilismo desefreado, está fazendo com a qualidade do "AM" se dilua,tal e qual as ondas do rádio.
ResponderExcluirNo bate papo de Paulo e Tom eles falaram sobre isso. Para Paulo o formato dos anos 80 ainda existe porque o povão adora, porém , ele mesmo esquece que o ponto alto de seu programa, é exatamente um talk and news como é denominado esse formato tão atual.
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