Crítica de TV. Se Liga VM

Pareceu um flash. Foi tudo tão rápido. Quando pensei em me ligar, o ‘Se Liga VM” já tinha acabado. Pouco mais de 15, menos de 20 minutos de duração. Se fosse cinema, seria classificado na categoria de curta, apesar da loooonga espera do telespectador da Verdes Mares para ver um programa todo produzido por ela na área do entretenimento. Mas se ficou um gosto de ‘quero mais’, isso já é ponto positivo.

A impressão inicial é de que a rapaziada estava meio tensa. Pelo menos, depreendia-se das ‘cabeças’ – as chamadas gravadas com locações externas no litoral. Se era para transmitir um ar de naturalidade, faltou às meninas um pouco mais de convencimento.

Boa a entrevista do Rodrigo Vargas com o Cid [ o Moreira ], embora para a estréia de um programa assim, esperava-se algo inédito. Afinal, ‘o homem do Boa Noite’ da Globo, em sua passagem por Fortaleza, foi virado e revirado pelo avesso, por tudo que é mídia.

Inédita mesmo foi a matéria do Dan Viana com um ‘rapper’ do Jardim Guanabara. Essa foi a novidade. E bem construída. Um personagem rico em detalhes para se abordar, com a assistência de uma boa produção. Gostei. Da relação da câmera com os entrevistados, da edição pontilhada por uma dinâmica jovem e da preocupação estética dessas imagens.

A entrevista com o Marcel Souto Maior foi boa, mas também soou desatualizada, pelo mesmo motivo que citamos na do Cid. Soou como uma historinha repetida. Acho que por já ter sido explorada em demasia.

Mas no todo, no todo, o programa é novidade. Já é referência pra esses meninos. Afinal, eles deram o pontapé inicial na história da afiliada da Globo no CE, inaugurando a fase de programas na emissora que só inteligenciava suas energias para o setor do telejornalismo.

E por ter vindo comboiado por um seriado jovem, a impressão que deixa é que o projeto tem tudo para agradar ao público ao qual se destina. Essa galera que curte a [ ainda hoje ] promessa que é Hannah Montana.