domingo, 19 de outubro de 2008
A luta do poeta que foi cooptado pelo meio
Ninguém vive sem um ideal. O dos poetas, certamente, é a busca da perfeição. Contra tudo e todos, eles bramem seus versos e colocam suas vozes em defesa de nobres causas. Nos meios de comunicação isso também acontece.
O apresentador Carneiro Portela, da TV Diário, prometeu hoje dizer quem são os responsáveis pela descaracterização da Música, ao relacionar que melodias como "Velho Realejo"(*) cantada em seu programa pelo médico Luiz Leite, deixassem de ser apreciadas pelos jovens.
O poeta, como é conhecido Portela, tem uma antiga luta contra o que considera mau gosto na música popular e em relação a profissionais que utilizam o rádio com programas de duplo sentido. Seu programa de TV não exibe nenhuma dessas bandas de forró, por considerá-las fora do contexto musical nordestino e por não imprimirem qualidade ao que exibem.
Portela já foi até mais radical. Em outros tempos, revelou-se o maior crítico de comunicadores como João Inácio Jr, por utilizarem linguagem que ele considerava inconveniente. Chegou a me dizer ter enviado carta a dona Yolanda Queiroz, proprietária do grupo, denunciando os "excessos" do locutor. Isso tudo, até ele ser contratado pela emissora do grupo Queiroz, e ocupar exatamente o horário que sucede ao programa João Inácio Jr.
(*) O programa nominou como sendo de Custódio Mesquita e Fabí Cabral. Na verdade, o prenome do letrista é Sadí.
FAZ-ME LEMBRAR O VELHO DITADO:"FAÇA O QUE EU DIGO,NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO."
ResponderExcluirCarneiro Portela ficou famoso nos anos setenta ao lançar um livro chamado "Mistério Trindático", se não me engano, junto com outros dois "poetas" onde nada existia no livro, somente páginas em branco, onde - supostamente - os leitores colocariam suas próprias poesias.
ResponderExcluirTem gosto pra tudo.