sexta-feira, 31 de outubro de 2008
A crise já interfere nas emissoras de tevê
Os departamentos comerciais das emissoras tv estão colocando as barbas de molho. É que a crise financeira mundial tende a se refletir nas redes e alterar o crescimento do mercado de TV.
Embora creditada pelo governo como 'uma marola', a crise financeira já estabelece seus tentáculos na área do mercado publicitário.
Daniel de Castro, em sua coluna na Folha, diz que "a Globo reduziu a perspectiva de crescimento do mercado publicitário de 15% para 11% em 2008. Para 2009, a emissora projeta um cenário de retração em relação a 2008, mas não de recessão. A mídia e a Globo deverão crescer 6% em 2009.
A Record vê um primeiro trimestre "muito difícil" e não arrisca previsões para o ano que vem. Seus executivos afirmam que 2008 continua excepcional e que a rede crescerá 30%.
O SBT mantém a projeção de crescer entre 6% e 8% em 2008. "O ano que vem ainda é uma incógnita. A crise está atrasando negociações que, normalmente, já teríamos iniciado", diz Henrique Casciato, diretor comercial. O executivo percebe indefinição e atraso principalmente em grandes anunciantes multinacionais.
"A crise ainda não chegou, mas a gente já percebe movimentações no mercado. Há clientes dizendo que vão rever suas verbas [para 2009] e investir menos", afirma Marcelo Meira, vice-presidente da Band, emissora que deverá crescer 32% em 2008. Ontem, Meira e os demais vices da rede passaram o dia reunidos discutindo a crise e cenários.
No dia-a-dia das TVs, a crise já interfere em negociações cotadas em dólar, como filmes. Orçamentos de programas e projetos estão sendo revistos."
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