segunda-feira, 30 de junho de 2008

FMs cearenses em busca de uma identidade?

. Você já deve ter escutado alguma FM à noite. Qual é a sua opinião sobre a programação delas? Não parece que elas estacionaram nos anos 70/80 ou que ainda estão em busca de uma identidade?

. Falo - na verdade, escrevo - isso, porque à noite, as FMs são muito parecidas. Até emissoras bem conceituadas como a Atlântico Sul, insistem em repetir um roteiro musical de décadas que já passaram.

. Mas isso nem chega a ser tão preocupante. Pior é suportar a (insuportável) carga de bandas de cantoras gasguitas que as rádios descar(re)gam em nossos ouvidos. Técnica vocal, elas nem sabe que diacho é isso...

. E se você não sabe, a previsibilidade da programação é tanta, mesmo porque a maioria das emissoras joga a programação no ar, via computador. Como um baião de dois que sai da geladeira e nem é requentado.

. Afora isso, tem o som bate estaca de boate - com os DJs cariocando o vernáculo-, e o desfile de cantoras da leva Ana Carolina que já andam torrando o próprio saco delas. Ah! sobraram as emissoras evangélicas.

. Pois pode tirar o jumentinho da chuva que nem elas estão salvando a noite. As que se travestem de som gospel, estão na verdade enganando o consumidor.

. Ouvir por exemplo o programa 'Grace e você", na Rede Aleluia, é o mesmo que estar sintonizada numa FM cuja programação é dirigida a amantes.

. A vinheta do programa dita de forma sussurrante deve fazer a delícia de quem acabou de entrar num quarto de motel e ligou a emissora errada. E o 'bg' (background) usando o indefectível saxofone de Kenny G que passa das medidas.

. O que acontece com a programação noturna das FMs? Você não acha que elas ainda estão em busca de sua identidade? Quem pergunta, quer saber...

4 comentários:

  1. Nonato, você descreveu com maestria o panorama do nosso rádio FM. É lamentável mesmo.
    Parece que, na busca pela manutenção da audiência, os responsáveis pela programação das rádios morre de medo de ousar e tocar uma música diferente. Isso, em parte, deve-se ao fato de que a maioria das pessoas entende que boa música é aquela já conhecida de anos ou que toca na novela. O "ouvinte médio" muda logo de estação ou troca de faixa aos primeiros acordes de uma música desconhecida. Isso é uma triste realidade! Apenas uma pequena minoria de curiosos e com senso estético mais apurado se ocupa a sair desse esquema e ouvir aquelas faixas do "lado B", que não tocam no rádio.
    Como a programação é feita para a "maioria", vamos continuar sendo "brindados" com as mesmíssimas músicas, anos a fio....

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  2. Carlos Rogério, muito obg pela visita ao GdM

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  3. Oi amigo! Sugiro, que pelo menos, às quintas-feiras, ouça Gonzagando, o programa que fala sobre Gonzaga e sua obra, na FM Assembléia 96,7.

    Vai ao ar às 20 horas e é produzido por mim. As sextas, as 20 horas, tem Robério Lessa apresentando O Abluesando, o programa que conta a história do blues, e aos sábados das 18h30min às 19h30, Renato Abreu apresenta Sinatra e Amigos.

    Confira, amigo.

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  4. Cara você tocou num assunto muito legal realmente algumas rádios não têm uma identidade definida. Mas não podemos negar que cada uma tem atingindo seu alvo pelo menos em parte o seu alvo.
    Não concordo com vc no que diz respeito au programa "grace e você", vi de sua parte um certo sacarmo não entendi muito o porque, esse programa pelo que sei atinge muita audiencia no horario que está sendo executado e eu gosto muito, da apresentadora das musicas, bom pra mim é muito bom é como eu disse cada rádio atinge o seu alvo . Um forte abraço

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