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terça-feira, 24 de março de 2020

MÍDIA. Na crise, povo confia mais na TV e nos jornais

Tv e jornais lideram pesquisa DataFolha sobre os meios de comunicações da imprensa profissional que foram considerados pelos leitores brasileiros como os mais confiáveis na cobertura da crise do novo coronavírus.  A tv com 61% e os jornais 56%. Em seguida vêm os programas jornalísticos de rádio (50%) e sites de notícias (38%).
Deu no Globo: 
Somente 12% das pessoas dizem ter confiança nas informações compartilhadas em aplicativos e  redes sociais. Entre as plataformas digitais, 58% (WhatsApp) e 50% (Facebook) dos entrevistados dizem não confiar no que é publicado nelas quando a fonte não é o jornalismo profissional.
De acordo com a pesquisa, as pessoas foram questionadas se confiam ou não confiam nas informações sobre o coronavírus divulgadas nos jornais impressos, nos programas jornalísticos de TV e rádio, nos sites de notícias, no Whatsapp e no Facebook. Havia no questionário a possibilidade de responder ainda se confiavam apenas em parte nas informações ou se não utilizavam os meios.
Dos entrevistados, 11% dizem não confiar nas informações sobre a pandemia publicada nos jornais e 12% afirmam não acreditar nos telejornais. Os sites de notícias sofrem a desconfiança de 22%.
A confiança nas redes sociais é maior entre as pessoas com mais de 60 anos e menos escolarizadas. Entre os entrevistados que possuem formação até o ensino fundamental, 18% dizem confiar nas informações sobre a Covid-19 recebidas pelo WhatsApp. Pelo Facebook são 17%. Os dois perfis, no entanto, dizem confiar mais nos meios de comunicação profissionais.
Feita por telefone, o levantamento do Datafolha foi realizado entre a última quarta e sexta-feira (18 e 20 de março) . Foram ouvidas 1.558 pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou menos.
No domingo, o instituto mostrou também que 73% dos brasileiros apoiam a quarentena temporária com isolamento forçado em casa por conta da pandemia do coronavírus. Outros 24% são contra e 2%, indiferentes. A porcentagem dos que dizem ter medo de contágio da Covid-19 é de 74%. Desse total, 36% dizem ter muito medo e, 38%, um pouco. Mulheres estão entre as mais preocupadas: 44% dizem ter muito medo, ante 35% dos homens. A pandemia é considerada um problema sério por 88%. 
Campanha ressalta importância dos jornais
Nesta segunda-feira, pela primeira vez na Históriajornais impressos brasileiros unificaram as suas capas para realçar o papel do jornalismo no combate à Covid-19. As edições de hoje trazem a seguinte mensagem: “Juntos vamos derrotar o vírus: Unidos pela informação e pela responsabilidade”.
A campanha, organizada pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), também divulga anúncios especiais no meio digital — banners para os sites de notícias associadas à entidade e cards para as redes sociais. Ao se unirem em ação inédita no país, dezenas de jornais destacam a valorização da informação jornalística. Foi criada ainda uma hashtag unificada (#imprensacontraovirus) que indica os esforços dos meios de comunicação na luta coletiva contra o vírus.
As capas unificadas são a segunda etapa de uma campanha da ANJ iniciada no último dia 18 com anúncios impressos e digitais — sites e redes sociais — mostrando a relevância do trabalho jornalístico no momento em que se desenrola uma situação de calamidade pública. Na nova etapa, os anúncios de capa serão publicados ao longo da semana pelos jornais que não circulam com edições impressas às segundas-feiras, ou no meio impresso ou em seus sites na internet.
- A ação demonstra a unidade dos jornais brasileiros em torno de uma causa comum: servir à população com jornalismo de qualidade para, com a responsabilidade que o momento exige, enfrentarmos e vencermos a pandemia - afirma o jornalista Marcelo Rech, presidente da ANJ.

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