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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

MÍDIA. A avaliação de Eduardo Tessler sobre jornais

Sobrou criatividade, faltou relevância


O jornal O Povo (Fortaleza, CE) é conhecido pela ousadia gráfica, edições especiais de altíssimo nível. Mas há uma dose de exagero nos especiais propostos pela publicação.

Ontem o jornal foi às bancas com a edição 30 mil. E daí? O que é relevante ao leitor, além do curioso logo do primeiro número?

Nada.

Pior: O Povo ameaça outra edição efeméride em janeiro, quando comemora 90 anos. Meu Deus!

As edições históricas funcionam quando há um elemento curioso que costura a edição, misturando passado e presente. Não é o caso.

Possivelmente a edição de hoje deu muito trabalho para ser feita, deu alegria à equipe que a produziu, mas dará pouquíssima repercussão junto ao verdadeiro objetivo: a audiência.


(Eduardo Tessler/Mídia Mundo)


Nada é mais importante do que o que ocorre por perto


Correio Braziliense (Brasília, DF) vive um dilema fantástico: está no coração dos mandos e desmandos do País, embora tenha um público leitor que busca informação relevante de sua vida, das esquinas.

A grande aposta de capa de hoje do CB é um acerto. O assassinato de uma funcionária pública, vítima de assalto quando chegava em casa, é um tema que ultrapassa as discussões de Câmara e Senado. Está no cotidiano de quem optou por morar no Distrito Federal. É problema urbano, que passa longe da Praça dos Três Poderes.

Um jornal vive de relevância para com sua audiência.

Ponto para o Correio.


(Compilado do Mídia Mundo-Eduardo Tessler)

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