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domingo, 4 de dezembro de 2016

NOMES. Dezembro leva (também) o poeta Ferreira Gullar

Um  poeta quando deságua do rio da vida, deve fertilizar de poesia os recantos espraiados do céu. Ferreira Gullar, que nos deixou neste domingo aos 86 anos, além do dom da poesia era ensaísta, crítico de arte, dramaturgo, biógrafo, tradutor e memorialista. A cena da poesia brasileira fecha mais um ato.

A informação foi confirmada pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo. A causa da morte ainda nao foi confirmada. O escritor estava internado no Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio. 

Ferreira Gullar foi, sobretudo, um poeta que participou de todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira. Quarto dos 11 filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart, ele nasceu José Ribamar Ferreira no dia 10 de setembro de 1930 em São Luiz, no Maranhão.

Militante do Partido Comunista, exilou-se na década de 1970, durante a ditadura militar, e viveu na União Soviética, na Argentina e Chile. Retornou ao país em 1977 e foi preso por agentes do Departamento de Polícia Política e Social no dia seguinte ao desembarque, no Rio.
Foi libertado depois de 72 horas de interrogatório graças à intervenção de amigos junto a autoridades do regime. Depois disso, retornou aos poucos às atividades de critico, escritor e jornalista.

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